Ricardo Salles participa de evento em Bauru (SP) a convite da Associação GPB

Na ocasião, o deputado federal e ex-ministro do governo Jair Bolsonaro defendeu a revisão da Lei do Cerrado e teceu críticas ao governo Lula

A convite da Associação Grupo Pecuária Brasil (GPB), Ricardo Salles, deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente do governo Jair Bolsonaro, visitou pela primeira vez, em 2023, a cidade de Bauru (SP). Ele esteve no município no dia 26 de maio para participar de um evento organizado pela Associação, no Villaggio Mall Center, que reuniu pecuaristas de todo o país.

"Resolvi vir a Bauru, principalmente, para agradecer aos votos que recebi e à confiança de meus eleitores. Mas também esclarecer o que realmente acontece em Brasília e com o governo Lula. O agronegócio vem sendo atacado pelo presidente com a redução de linhas de financiamento pelo BNDES e também a partir da nomeação de líderes do MST para cargos no Incra", disse o deputado federal ao conceder entrevista ao jornal JC de Bauru.

Além disso, Ricardo Salles fez questão de frisar durante a visita que o número de invasões de terra no Brasil, somente neste ano, é maior do que a soma de episódios nesse sentido nos quatro anos de governo Bolsonaro. "Então, a CPI do MST, a qual eu sou relator, é também um instrumento de inibir essas ações. Até por uma questão de segurança pública. Um governo que permite invasões dá sinal contrário à pauta da segurança. E é isso que estamos vendo".

Lei do Cerrado

Questionado sobre a Lei do Cerrado, que tem sido um entrave em Bauru, causando a saída de últimas do município na última década, o deputado federal defendeu a sua atualização. "O resultado prático de todo mecanismo excessivamente rigoroso é negativo. E há inúmeras evidências disso, como a própria Lei de Mananciais. Quando você impede atividades imobiliárias nestes locais, por exemplo, a tendência é que seus proprietários os abandonem. E aquele que ocupa na sequência destrói tudo, vira terra arrasada. O mesmo acontece no Litoral, com as restingas. A regra radical, dura, não atinge seu objetivo. Com o Cerrado não é diferente".

E ainda acrescentou: "O percentual de reserva natural do Cerrado (35%) já é alto. Some este índice a uma legislação que impõe critérios avançados de vegetação e impossibilidade de supressão [da mata]. Isso impede o desenvolvimento racional do bioma e empobrece a região. E quais as consequências? Você não tem saneamento, não tem uma gestão responsável de resíduos sólidos, não tem política habitacional ou desenvolvimento industrial e nem emprego. Veja o caso do Fórum de Bauru, que queria mudar para a região da Unesp e enfrentou uma série de obstáculos com a Cetesb. O projeto acabou não indo para frente. Mas se temos isso com o Fórum, onde se discute a Justiça, imagine com o resto", finalizou Salles ao conceder entrevista ao jornal JC.

Lucas Bove também participa de visita em Bauru

O deputado estadual de primeira viagem Lucas Bove (PL) também esteve em Bauru no dia 26 de maio, acompanhando a delegação de Salles. Na ocasião, ele admitiu que os meandros da Assembleia Legislativa foram novidade em sua vida, mesmo assim, garantiu que a adaptação não foi difícil. "A Alesp vive um novo momento com o fim da hegemonia do PSDB", acredita.

Por fim, o parlamentar, que é da base do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Casa, afirmou ao jornal JC de Bauru que chegou a se surpreender com os resultados do Estado até agora. "Vimos o aumento do salário mínimo acima do índice nacional, políticas de valorização à indústria e reestruturação das carreiras no Estado. E fora a questão do agronegócio, a quem o Tarcísio é muito grato. Ele sabe da importância do setor, que é a locomotiva nacional", finalizou.

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Por Agência Agrovenki
Crédito das fotos: Divulgação/GPB

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